O que vai te eliminar em um processo seletivo para “aquela” vaga, ou mesmo fazer com que você não consiga sobreviver no emprego, é a falta de experiência e conhecimento específico sobre as funções do cargo, correto?
Errado! Ou melhor, quase sempre errado. Tudo bem que se você se atrapalhar completamente com as tarefas técnicas fica impossível trabalhar, mas o que tenho observado como gestor de RH é que na maioria das vezes as pessoas perdem seus cargos (ou deixam de ser contratadas) por motivos que nem sempre tem a ver com capacitação técnica.
O problema é EDUCAÇÃO mesmo, não no sentido de instrução, mas no sentido de não ser mal educado, rabugento, grosso, intratável.
Mais uma vez, e sem muito espanto, vi um profissional perder uma vaga, única e exclusivamente por falta de educação. Seu currículo chegou às minhas mãos através de uma headhunter, e imediatamente encaminhei ao setor técnico responsável por fazer a primeira entrevista. Minutos depois me chamaram, e eis o que ouvi do responsável:
__Bruno, de onde veio este currículo?
__ Chegou às minhas mão através da headhunter, porque?
__ Bem… Porque é uma pessoa de extrema experiência, conhece profundamente o mercado e seria ideal para a função em questão!
__ Então posso chamá-lo para uma entrevista?
__ Não! Não pode!
__ Mas você não acabou de dizer que tem extrema experiência?
__ Sim, tem… Experiência técnica, e muita! Mas é intratável. Mal educado, grita com os fornecedores, impaciente ao extremo, um bocado altivo e às vezes acha que tem o rei na barriga. Já trabalhei com ele, aliás fora daqui somos bons colegas, mas não o quero trabalhando conosco.
Pois bem senhores, eis aí o fato. Um sujeito totalmente competente tecnicamente, se candidata a uma vaga para a qual estávamos com urgência precisando de alguém, e a perde por ser um grande de um mal educado.
Esta situação reflete parte do que vem acontecendo no mundo empresarial ultimamente. As empresas estão se tornando mais civilizadas, educadas, preocupadas com o bem-estar e a “saúde mental” de seus profissionais.
Não adoram mais o super vendedor que passa por cima de tudo e todos para atingir suas metas, ou aquele cara que é o “crânio” em pessoa, mas tem a sensibilidade de uma barra de ferro.
Vejo que cada vez mais as empresas estão dispostas a abrir mão de alguma excelência técnica em nome de contratar pessoas que saibam conviver de forma educada, civilizada e saudável. Isto porque não é tão difícil ensinar alguém a usar o ecxel, fazer um relatório ou interpretar uma planilha, mas é quase impossível pegar um mal educado e transformá-lo numa pessoa decente para se conviver.
Jamais descuide de suas competências técnicas, elas são extremamente importantes. Mas tenha em mente que hoje, mais do que bons profissionais, as empresas procuram boas pessoas.
Até a próxima!
Texto de Bruno Soalheiro, publicado no Portal O Gerente.
Errado! Ou melhor, quase sempre errado. Tudo bem que se você se atrapalhar completamente com as tarefas técnicas fica impossível trabalhar, mas o que tenho observado como gestor de RH é que na maioria das vezes as pessoas perdem seus cargos (ou deixam de ser contratadas) por motivos que nem sempre tem a ver com capacitação técnica.
O problema é EDUCAÇÃO mesmo, não no sentido de instrução, mas no sentido de não ser mal educado, rabugento, grosso, intratável.
Mais uma vez, e sem muito espanto, vi um profissional perder uma vaga, única e exclusivamente por falta de educação. Seu currículo chegou às minhas mãos através de uma headhunter, e imediatamente encaminhei ao setor técnico responsável por fazer a primeira entrevista. Minutos depois me chamaram, e eis o que ouvi do responsável:
__Bruno, de onde veio este currículo?
__ Chegou às minhas mão através da headhunter, porque?
__ Bem… Porque é uma pessoa de extrema experiência, conhece profundamente o mercado e seria ideal para a função em questão!
__ Então posso chamá-lo para uma entrevista?
__ Não! Não pode!
__ Mas você não acabou de dizer que tem extrema experiência?
__ Sim, tem… Experiência técnica, e muita! Mas é intratável. Mal educado, grita com os fornecedores, impaciente ao extremo, um bocado altivo e às vezes acha que tem o rei na barriga. Já trabalhei com ele, aliás fora daqui somos bons colegas, mas não o quero trabalhando conosco.
Pois bem senhores, eis aí o fato. Um sujeito totalmente competente tecnicamente, se candidata a uma vaga para a qual estávamos com urgência precisando de alguém, e a perde por ser um grande de um mal educado.
Esta situação reflete parte do que vem acontecendo no mundo empresarial ultimamente. As empresas estão se tornando mais civilizadas, educadas, preocupadas com o bem-estar e a “saúde mental” de seus profissionais.
Não adoram mais o super vendedor que passa por cima de tudo e todos para atingir suas metas, ou aquele cara que é o “crânio” em pessoa, mas tem a sensibilidade de uma barra de ferro.
Vejo que cada vez mais as empresas estão dispostas a abrir mão de alguma excelência técnica em nome de contratar pessoas que saibam conviver de forma educada, civilizada e saudável. Isto porque não é tão difícil ensinar alguém a usar o ecxel, fazer um relatório ou interpretar uma planilha, mas é quase impossível pegar um mal educado e transformá-lo numa pessoa decente para se conviver.
Jamais descuide de suas competências técnicas, elas são extremamente importantes. Mas tenha em mente que hoje, mais do que bons profissionais, as empresas procuram boas pessoas.
Até a próxima!
Texto de Bruno Soalheiro, publicado no Portal O Gerente.
Como não perder uma vaga de emprego
Reviewed by Jonas Schell
on
abril 14, 2010
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Concordo com o texto, e ainda acrescento que as redes sociais ainda podem mostrar mais sobre o candidato, nos círculos sociais sempre aparecem mais informações do que os candidatos transparecem...
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