Numa pequena cidade do interior, havia um pobre mendigo. Fazia o que todo o mendigo faz. Dormia nas calçadas, pedia pão e roupas velhas (é o que todo mundo dá). Ganhava estas coisas e as colocava dentro de sua mochila.
Nos dias bonitos de sol, ele sentava na praça, tirava do saco todos os trapos lavava-os na fonte da praça e os estendia no chão para secar. Pegava o pão velho e amassava-o com uma pedra que ele trazia também no saco, comia como se fosse uma sopa.
Era um mendigo que não incomodava, até gostava de conversar e brincar com algumas crianças. Assim levava a vida... Quando ele demorava para aparecer o povo sentia falta, mas ele, mais cedo ou mais tarde, sempre chegava.
Acontece, porém, que num dia muito frio, o mendigo não apareceu. Estava morto lá no começo da rua principal. O povo correu para ver o homem morto. Do lado dele estava a mochila e mais nada. O povo “cheio de bondade”, ajeitou o enterro e o levou para o cemitério.
Um jovem curioso revirou a mochila e gostou da pedra. Levou para casa a pedra e, levando-a descobriu: UMA PEDRA PRECIOSA – DIAMANTE que todo o dinheiro da cidade não dava para comprar.
Moral da história: o difícil da vida fraterna é a gente ter a coragem de mexer na mochila do mendigo que convive conosco... Pensamos sempre que dentro da mochila do mendigo só tem trapo e pão velho...
Orgulho desgraçado! “Esses mendigos” são os nossos coirmãos, aqueles com os quais convivemos e tentamos viver a fraternidade, mas que, às vezes, é tão difícil só porque um carrega a “sua mochila” e ninguém sabe o que tem lá dentro... Aí passamos a vida mendigando e não descobrimos o diamante escondido dentro de cada um.
E se a gente fizesse uma busca nas nossas mochilas e nas mochilas de nossos companheiros? No fundo é o amor que resolve. É o amor que nos faz descobrir o DIAMANTE dos mendigos que vão conosco pela vida afora.
Texto sugerido pela nossa colega Karine Lugo.
O mendigo e o diamante
Reviewed by Jonas Schell
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maio 03, 2010
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