Comente os dois grandes desafios da sociedade brasileira: da construção democrática e do desenvolvimento sócio-econômico sustentável. Quais as possíveis conseqüências para o Brasil, caso haja superação ou não, destes desafios ?
A década de 1980 marcou, na América do Sul, o início de um processo de profundas mudanças políticas e econômicas que criaram a necessidade de reformulação das então vigentes relações entre política, economia e sociedade civil no continente. A introdução progressiva de caracteres da economia de livre mercado e a transição à democracia representativa, como formas pretensamente universais de organização das sociedades, faziam eco a transformações econômicas e políticas mundiais, no advento do que se convencionou denominar “nova ordem mundial”.
No entanto, as perspectivas integracionistas voltadas para a inclusão das economias dos Estados no referido mercado mundial (e em razão desse objetivo), adotam um modelo restritivo e subserviente, enfaticamente econômico, à globalização econômica. A consolidação desses processos apenas foi possível, como observado, a partir da estruturação de uma democracia representativa e da prática de uma educação bancária. Esses fenômenos devem ser compreendidos conjuntamente, no qual reciprocamente se formam e deles resultam.
Por outro lado, a globalização contra-hegemônica vem conquistando espaço nesse cenário descrito, em razão das conseqüências sociais geradas pelo excessivo apego ao desenvolvimento econômico. Calcada em perspectivas sustentáveis de desenvolvimento econômico e social, uma rede mundial de defesa e promoção dos direitos humanos representa um caminho viável rumo a emancipação social. Nesse sentido, importante ressaltar a necessidade de repensar as formas de integração regional para que a perspectiva econômica seja apenas um dos aspectos, não o único, assegurando e promovendo os valores sociais nos espaços em formação. A partir do exercício de uma educação libertadora e da democracia participativa garante-se prioridade à inclusão social.
O estudo acerca do desenvolvimento sustentável e de sua instituição prática em nível de Brasil requer muito mais que a simples leitura dos dispositivos legais atinentes a buscar a inserção tal modelo. O desenvolvimento sustentável é o meio de assegurar o reconhecimento da complexidade planetária e das questões que envolvem a sua aplicabilidade prática como meio de garantir a sustentabilidade demonstrando uma visão holística acerca da natureza.
Lourdes Engel
A década de 1980 marcou, na América do Sul, o início de um processo de profundas mudanças políticas e econômicas que criaram a necessidade de reformulação das então vigentes relações entre política, economia e sociedade civil no continente. A introdução progressiva de caracteres da economia de livre mercado e a transição à democracia representativa, como formas pretensamente universais de organização das sociedades, faziam eco a transformações econômicas e políticas mundiais, no advento do que se convencionou denominar “nova ordem mundial”.
No entanto, as perspectivas integracionistas voltadas para a inclusão das economias dos Estados no referido mercado mundial (e em razão desse objetivo), adotam um modelo restritivo e subserviente, enfaticamente econômico, à globalização econômica. A consolidação desses processos apenas foi possível, como observado, a partir da estruturação de uma democracia representativa e da prática de uma educação bancária. Esses fenômenos devem ser compreendidos conjuntamente, no qual reciprocamente se formam e deles resultam.
Por outro lado, a globalização contra-hegemônica vem conquistando espaço nesse cenário descrito, em razão das conseqüências sociais geradas pelo excessivo apego ao desenvolvimento econômico. Calcada em perspectivas sustentáveis de desenvolvimento econômico e social, uma rede mundial de defesa e promoção dos direitos humanos representa um caminho viável rumo a emancipação social. Nesse sentido, importante ressaltar a necessidade de repensar as formas de integração regional para que a perspectiva econômica seja apenas um dos aspectos, não o único, assegurando e promovendo os valores sociais nos espaços em formação. A partir do exercício de uma educação libertadora e da democracia participativa garante-se prioridade à inclusão social.
O estudo acerca do desenvolvimento sustentável e de sua instituição prática em nível de Brasil requer muito mais que a simples leitura dos dispositivos legais atinentes a buscar a inserção tal modelo. O desenvolvimento sustentável é o meio de assegurar o reconhecimento da complexidade planetária e das questões que envolvem a sua aplicabilidade prática como meio de garantir a sustentabilidade demonstrando uma visão holística acerca da natureza.
Lourdes Engel
Novas Formas de Organização e Participação
Reviewed by Jonas Schell
on
novembro 06, 2009
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