No decorrer da próxima década, 25% das empresas que hoje existem desaparecerão, ou porque se fundirão a outras ou porque falirão. Em entrevista concedida ao Universia-Knowledge@Wharton , Chris Zook, diretor de estratégia global da consultoria Bain & Co., analisa os principais fatores que permitirão às empresas sobreviver aos desafios de aumentar sua presença no mercado global.
Muitas colocam metas de crescimento dinâmicas, mas poucas — apenas uma em dez em todo o mundo — alcançam mais do que um nível modesto de crescimento sustentável e lucrativo, e que definimos como: 5,5% de receita real e de crescimento dos lucros...
A pesquisa de crescimento da Bain mostrou que as estratégias bem-sucedidas, naturalmente, seguem um ciclo que se preocupa primeiramente com os fundamentos de sua vantagem competitiva, isto é, seu negócio principal, estendendo-se em seguida para novos mercados ou negócios “paralelos” ao principal e chegando, enfim, ao estágio mais difícil, em que redefine seu negócio.
Em meu mais recente livro sobre o crescimento, Ação contínua: descobrindo ativos ocultos capazes de renovar a competência da empresa e estimular o crescimento com lucro (Unstoppable: finding hidden assets to renew the core and fuel profitable growth), analiso o problema principal com que deparamos hoje, isto é, o fato de que as indústrias estão cada vez mais inquietas, sendo que tal inquietação se dá a um ritmo cada vez mais veloz.
Isto significa que as atividades mais lucrativas de uma determinada indústria estão se transformando mais velozmente, e que os diferenciais competitivos estão se tornando mais difíceis de manter. Como o ciclo está em fase de aceleração, é cada vez maior o risco de que se julgue erradamente a fase em que as empresa se encontra no ciclo.
Não deixa de ser paradoxal o fato de que uma maior turbulência possa levar a uma estagnação mais acentuada; contudo, sob vários aspectos, esse paradoxo é simplesmente uma das leis naturais dos negócios. A maior parte das forças que resultam em turbulências são de nível macro, as quais a empresa não pode evitar e tampouco ignorar.
A Bain identificou sete tendências básicas que agem como causa principal de boa parte da turbulência que se observa nos negócios globais de hoje: Movimentação mais acelerada das informações em todos os segmentos. Velocidade de formação do capital. Emergência da China e da Índia e a ruptura provocada por essas duas nações. Redução da intensidade de capital entre as novas indústrias mais rentáveis.
Troca cada vez mais acelerada de executivos entre empresas. Surgimento e impacto das firmas de private equity. Velocidade dos ciclos de tecnologia de modo geral. Se observarmos os processos pela lente do trinômio “Foco-Expansão-Redefinição”, veremos como é importante ter um conhecimento profundo da clientela atual do seu negócio e da vantagem competitiva de sua empresa. Essa experiência intensifica o foco e lhe permite ver o potencial dos ativos ocultos. A excelência operacional e a economia de baixo custo constituem outro fundamento sobre o qual se pode estruturar tanto o negócio principal da empresa quanto os seus novos negócios.
O que não é possível é esperar tempo demais para responder às mudanças nos setores lucrativos ou admitir a existência de um período longo demais de estagnação do crescimento. A melhor maneira de manter o equilíbrio consiste em compreender o seu negócio principal e planejar sua próxima onda de crescimento não importa em que altura do ciclo você esteja.
Artigo publicado no Portal Wharton Universia.
Muitas colocam metas de crescimento dinâmicas, mas poucas — apenas uma em dez em todo o mundo — alcançam mais do que um nível modesto de crescimento sustentável e lucrativo, e que definimos como: 5,5% de receita real e de crescimento dos lucros...
A pesquisa de crescimento da Bain mostrou que as estratégias bem-sucedidas, naturalmente, seguem um ciclo que se preocupa primeiramente com os fundamentos de sua vantagem competitiva, isto é, seu negócio principal, estendendo-se em seguida para novos mercados ou negócios “paralelos” ao principal e chegando, enfim, ao estágio mais difícil, em que redefine seu negócio.
Em meu mais recente livro sobre o crescimento, Ação contínua: descobrindo ativos ocultos capazes de renovar a competência da empresa e estimular o crescimento com lucro (Unstoppable: finding hidden assets to renew the core and fuel profitable growth), analiso o problema principal com que deparamos hoje, isto é, o fato de que as indústrias estão cada vez mais inquietas, sendo que tal inquietação se dá a um ritmo cada vez mais veloz.
Isto significa que as atividades mais lucrativas de uma determinada indústria estão se transformando mais velozmente, e que os diferenciais competitivos estão se tornando mais difíceis de manter. Como o ciclo está em fase de aceleração, é cada vez maior o risco de que se julgue erradamente a fase em que as empresa se encontra no ciclo.
Que medidas a empresa pode tomar para evitar chegar a um ponto de estagnação?
Não deixa de ser paradoxal o fato de que uma maior turbulência possa levar a uma estagnação mais acentuada; contudo, sob vários aspectos, esse paradoxo é simplesmente uma das leis naturais dos negócios. A maior parte das forças que resultam em turbulências são de nível macro, as quais a empresa não pode evitar e tampouco ignorar.
A Bain identificou sete tendências básicas que agem como causa principal de boa parte da turbulência que se observa nos negócios globais de hoje: Movimentação mais acelerada das informações em todos os segmentos. Velocidade de formação do capital. Emergência da China e da Índia e a ruptura provocada por essas duas nações. Redução da intensidade de capital entre as novas indústrias mais rentáveis.
Troca cada vez mais acelerada de executivos entre empresas. Surgimento e impacto das firmas de private equity. Velocidade dos ciclos de tecnologia de modo geral. Se observarmos os processos pela lente do trinômio “Foco-Expansão-Redefinição”, veremos como é importante ter um conhecimento profundo da clientela atual do seu negócio e da vantagem competitiva de sua empresa. Essa experiência intensifica o foco e lhe permite ver o potencial dos ativos ocultos. A excelência operacional e a economia de baixo custo constituem outro fundamento sobre o qual se pode estruturar tanto o negócio principal da empresa quanto os seus novos negócios.
O que não é possível é esperar tempo demais para responder às mudanças nos setores lucrativos ou admitir a existência de um período longo demais de estagnação do crescimento. A melhor maneira de manter o equilíbrio consiste em compreender o seu negócio principal e planejar sua próxima onda de crescimento não importa em que altura do ciclo você esteja.
Artigo publicado no Portal Wharton Universia.
Em busca do potencial máximo: como as empresas podem aumentar sua presença global
Reviewed by Jonas Schell
on
julho 29, 2013
Rating:
Nenhum comentário: